Retina
A retina é composta de um delicado tecido altamente organizado constituída de 10 camadas.
Há duas regiões especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha amarela) e o ponto cego. A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução.
A fóvea contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da retina, maximizando a acuidade visual – que é a capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos. Os bastonetes, ausentes na fóvea, são encontrados principalmente na retina periférica, porém transmitem informação diretamente para as células ganglionares.
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
A DMRI é caracterizada pelo grupo de alterações degenerativas da mácula na retina neurossensorial e no epitélio pigmentado da retina (EPR).
Os principais sintomas são: perda da visão central, que é essencial nas atividades diárias como leitura, dirigir, reconhecimento do rosto das pessoas, o que leva a perda da qualidade de vida de forma significante.
Há 2 tipos:
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Seca (atrófica): mais comum e progressão mais lenta, não há tratamento;
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Úmida (exsudativa): neovascularização, perda mais rápida e irreversível da visão. Tratamento: laser e/ou injeção intraocular de anti-VEGF (exsudativa).
As causas podem ser fatores genéticos, metabólicos e ambientais:
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Exposição excessiva à radiação solar;
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Indivíduos de pele e íris mais clara;
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Tabagistas;
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Fatores genéticos e hereditários, bem como a idade do paciente;
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Dieta rica em gorduras e doenças cardiovasculares.
Tratamento Quimioterápico Ocular com Antiangiogênico
Mais conhecido como Injeção Intravítrea, o tratamento quimioterápico ocular com antiangiogênico consiste na aplicação intraocular de medicamentos sob anestesia local para tratamento de doenças como Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e Retinopatia Diabética. Há vários tipos de medicamentos utilizados: Avastin®, Lucentis®, Eylia® e sua utilização depende da conduta médica.
É necessário o paciente estar acompanhado e com suas pupilas dilatadas.
Retinopatia Diabética
A Retinopatia Diabética é uma das principais complicações do Diabetes Mellitus, e que pode levar à cegueira. É caracterizada por lesões definitivas nas paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a retina e ocorrem por conta do nível alto de açúcar no sangue, o que compromete esses pequenos vasos.
O tempo de duração do Diabetes Mellitus é o principal fator de risco. Após 20 anos de doença, cerca de 90% das pessoas com DM tipo 1 e 60% das pessoas com DM tipo 2 apresentam algum grau de retinopatia.
A baixa de visão que pode ocorrer de forma lenta e progressiva ou de forma súbita.
Tratamento: o tratamento inicial é feito através do controle clínico e da fotocoagulação a laser associada ou não a injeção intravítrea de medicamentos Antiangiogênicos. Nos casos mais graves quando há hemorragias dentro do globo ocular ou o descolamento de retina, o tratamento é cirúrgico realizado por meio da Vitrectomia Posterior.
Fotocoagulação a Laser
É um procedimento ambulatorial que consiste em cauterizar os vasos anômalos, vasos com possíveis vazamentos, casos de pequenas roturas, através da aplicação de laser.
É indicado para pessoas que apresentam doenças que afetam os vasos sanguíneos da retina, como ocorre nos diabéticos – Retinopatia Diabética, em pacientes que apresentam roturas na retina predisponentes ao descolamento de retina.
É necessário dilatar a pupila e instilar colírio anestésico antes de iniciar o procedimento que é realizado pelo médico oftalmologista.
Pode ser necessário realizar mais de uma sessão dependendo da conduta médica.
Descolamento de Retina
O Descolamento de Retina é caracterizado pela separação da retina da parede posterior do olho. As causas podem ser diversas: pode ser desencadeado pelo descolamento do vítreo posterior, que pode causar uma ruptura na retina. Por meio dessa ruptura, fluidos intraoculares podem infiltrar a retina, separando-a da parede posterior do olho; trauma ocular, alta miopia, doenças oculares e condições clínicas, tais como a Diabetes Mellitus.
Os principais sintomas são: visualização de flashes de luzes, manchas escuras se movendo semelhantes a moscas volantes e perda parcial de visão.
O tratamento dependerá do tipo, gravidade e extensão do descolamento.
Os tratamentos podem ser:
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Fotocoagulação com laser e criopexia (congelamento) são recursos terapêuticos para os casos em que não houve infiltração do vítreo pelo espaço que se abriu com a ruptura da retina;
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Retinopexia: técnica cirúrgica com implantação de uma faixa de silicone ao redor do globo ocular para pressionar a esclera a fim de apoiar a retina e facilitar sua aderência;
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Vitrectomia Posterior: técnica cirúrgica utilizada não só nos descolamentos de retina, mas no tratamento de outras patologias oculares, onde através de micro incisões, são introduzidos instrumentos para corrigir os defeitos que promoveram o deslocamento da retina. Nessa cirurgia o vítreo é retirado, pode haver aplicação de endolaser, e podem ser utilizados dois tipos de “preenchedores” - injeção de gás ou óleo de silicone na cavidade ocupada pelo vítreo, como forma de pressionar a área descolada da retina.
Dependendo da gravidade e da localização do deslocamento da retina, a visão pode não ser recuperada totalmente.